E muito mais Victor e Leo...
Aproveitem....E pra começar!!!
Matéria na integra com o Leo da dupla Victor & Leo para a revista Contigo
Leo e o horizonte idílico de seu refúgio em Uberlândia
Foto: Tomás Arthuzzi
Foto: Tomás Arthuzzi
Leonardo Chaves, 37 anos, estava preso no trânsito de São Paulo, em 2006, quando decidiu fugir da cidade grande. "Recebi uma ligação da minha mulher, Tatianna (30), dizendo que havia internado nosso filho Mateus (7) com pneumonia, febre e eu não podia fazer nada. Foi naquele momento... Deu um start e decidi ir embora. Liguei para a Tati e falei para ela preparar o coração e a cabeça: iríamos mudar daquele inferno", relembra o cantor. A nova cidade já havia sido escolhida: Uberlândia, Minas Gerais. Coincidentemente, no começo daquele mesmo ano, 2006,Victor & Leo fizeram um show no município mineiro e, ao sair do hotel, o cantor avistou uma fila de carros. Perguntou para um amigo que outra estrela mais estava se apresentando naquele dia. "Éramos nós! Não acreditei, pois vivia ouvindo histórias de empresários que diziam que estávamos estourados no Brasil inteiro e quando chegávamos para nos apresentar: meia dúzia de gente! Aquele show foi um dos mais marcantes da nossa carreira e acabei me apaixonando por Uberlândia. Assim, me mudei para cá", relembra Leo à CONTIGO!. Da cidade, vieram fazendas próximas, sendo a primeira a Hortense, que vendeu para Victor, 38, em 2012, e agora o novo refúgio, que tem um nome à prova de dúvidas: Paraíso.
A nova fazenda de 164 hectares é enorme, mas a casa é pequena, simples, praticamente usada para dormir - a diversão está lá fora. Paraíso foi adquirida em 2012 e fica a 40 quilômetros da segunda mais populosa cidade mineira depois de Belo Horizonte - bem perto, o que facilita, já que a família mora oficialmente em um apartamento em Uberlândia, onde as crianças estudam e a dupla mantém seu escritório, de onde sai para o Brasil seu ônibus e duas carretas. "Quando entrei pela porteira da Paraíso pela primeira vez, senti que isso tudo seria meu, mesmo sem saber o valor nem de quem era a propriedade. Não descansei até fazer o negócio e assinar os papéis", relembra.
Andando pela fazenda, vemos os bois pastando em um ambiente para lá de bucólico. Leo é um apaixonado pela criação de gado da raça senepol, que investe desde 2008, quando ainda morava na fazenda anterior e o primeiro boi foi adquirido pela mulher, durante um leilão da categoria. "Ela me ligou no meio da semana e disse que tinha comprado um presente. Só depois fui saber que era um tourinho (risos). Quase caí para trás! Mas confiei no gosto dela e hoje temos 15 doadoras de embriões e 200 receptoras, que servem de barriga de aluguel. Nosso negócio vai além de gado de corte: aqui nós produzimos genética", explica. Antes da criação bovina, Leo era dono de uma manada de cavalos da raça quarto de milha, mas acabou vendendo e ficando com alguns animais para diversão dos filhos e dele, claro.
Tatianna, Mateus, Leo e Antônio, que está de olho em Chalana, a são-bernardo de 6 anos do irmão, Victor.
Foto: Tomás Arthuzzi
Foto: Tomás Arthuzzi
Homem do mato
Nos momentos em Paraíso, ele procura se divertir ao máximo com os filhos, Mateus e Antônio, 3 - até criou um sistema diferenciado de sono para ficar com eles. "Na segunda, chego de madrugada depois dos shows do fim de semana e não durmo, vou direto. Quando meus filhos acordam, estou de pé e brincamos. Dessa maneira, consigo regular meu organismo para responder às atividades da família. É assim toda a semana", conta. Dentre os atrativos preferidos dos meninos (e do cantor!) estão passear de barco e jet ski na represa Miranda, que beira a fazenda, cavalgar e brincar na bela casa da árvore - que na verdade fica ao lado de duas e não no topo (foto acima).
Embora tenha nascido na pequena Ponte Nova, na zona da mata mineira, o cantor acabou mudando ainda criança para Abre Campo, também no interior do estado. Lá, ele gostava mais de ficar na fazenda dos avós do que na cidade. "Praticamente fui criado nesse meio rural. Quando eu e meus primos saíamos de férias, eles queriam ir à praia e eu brigava para permanecer no mato. Era maravilhoso poder ficar enfiado na roça, andar a cavalo e ver aquela paisagem maravilhosa. Adorava acordar às 5h da manhã para apartar as vacas e tirar o leite. Convivia muito com os peões que tinham essa rotina e acabei aprendendo muita coisa", conta. Ele faz questão de passar essa educação para os filhos. Já ensinou o mais velho a cavalgar e, na hora de vistoriar o gado, saem juntos. Por causa dessa paixão pelo campo, Leo foi parar em um colégio interno por vontade própria, aos 13 anos. "O Colégio Dom Bosco, onde eu estudei de 1989 até 1991, era uma enorme fazenda. Pedi horrores para meus pais me levarem para lá. Eu e meus amigos fazíamos muitos trabalhos rurais, esportes e foi durante essa época que descobri a música", diz. Ele aprendeu a tocar flauta e com as lições do coral que participava, desenvolveu o canto. Vivia se apresentando em competições nas cidades próximas: "Eu era o melhor aluno de música da escola e sempre voltava com algum prêmio. Juntei esse aprendizado com o que meu avô, seu Tunico, me ensinou durante os tempos em que a gente ficava ouvindo música sertaneja de raiz no rádio e comecei a pensar que a música poderia ser meu sustento".
A dupla com o irmão foi nascendo naturalmente. Após sua saída do colégio interno, Leo começou a cantar com Victor e a fazer pequenos shows para a família. Depois, em 1994, se mudaram para Belo Horizonte para se apresentar em casas noturnas e cinco anos depois foram para a noite de São Paulo.
O cantor criou uma rotina de sono diferenciada para poder brincar com os filhos, o que inclui balançar Antonio no jardim
Foto: Tomás Arthuzzi
Foto: Tomás Arthuzzi
Foi nos palcos que ele conheceu a mulher, a nutricionista Tatianna Chaves. Depois de se juntar com o irmão Victor e começar a fazer carreira nas casas noturnas de Belo Horizonte, a dupla resolveu se mudar para São Paulo, em 2001, e foi nessa época que ele se apaixonou. "Durante um show, avistei uma moça que dançava na frente do palco. Ela chamava a atenção de todo mundo no salão. Fiquei tão desconcertado com a beleza dela que até errei a letra de uma das músicas", brinca. Na época, o cantor tinha uma namorada, mas estava passando por um momento complicado. Após o término desse relacionamento, convidou Tatianna para sair - mas para um primeiro encontro inusitado... "Ele me chamou para correr no Parque do Ibirapuera. Nós gostamos muito de esportes e acabou rolando um clima ótimo. Logo em seguida, começamos a namorar e, depois de três meses, fomos morar juntos", explica Tatianna. Ela ficou com medo de que seus pais reclamassem dessa rápida união, por ser de uma "família de princípios", nas próprias palavras. Por isso, Leo foi conversar com os futuros sogros e explicou que ele queria casar, mas não tinha dinheiro na época. "Ainda não havia estourado e queria deixar claro que, para mim, era uma relação muito séria", relata. Um ano depois, eles se casaram na garagem da casa da mãe dela, dona Cynthia, 53. Leo fez questão de cantar a música Meu Eu em Você para a noiva entrar. A composição é da cantora Paula Fernandes, 29, amiga da dupla, que cantouAve Maria no momento da troca das alianças. No dia da entrevista para CONTIGO!, eles completavam oito anos de união, com planos de aumentar a família. "Sou louco por crianças e quero muito ter uma menina. Vamos tentar engravidar até a chegada dela, nem que venham mais alguns meninos", disse o cantor, que desde a adolescência sonhava em ser pai.
Eles brigam, mas tudo bem
Com o novo álbum, Viva por Mim, Victor & Leo comemora 22 anos de estrada. Para que o sucesso pudesse continuar por tanto tempo, a relação dos irmãos teve de ser baseada em muito respeito. "Nós temos personalidades diferentes. Victor é mais reservado, mas sabe lidar muito bem com o público. Eu já sou mais comunicativo, tenho facilidade de fazer amizade. Às vezes, a gente discorda na hora de tomar alguma decisão no lado profissional. Esses momentos são naturais quando se trata de família. Nós brigamos um pouco, mas sabemos nos respeitar. Sempre chegamos a um consenso", comenta Leo. Victor, que assinou as produções dos álbuns anteriores, deu total liberdade para o irmão inovar nas misturas musicais do novo CD. "Mostrei minhas composições, coisa que não tinha costume de fazer, e ele acabou adorando. Disse que era para continuar por esse caminho. No fim, fiz oito das 13 faixas", contou entusiasmado.
ESTA MATÉRIA FAZ PARTE DA EDIÇÃO 1999 DA CONTIGO!, NAS BANCAS EM 08/01/2014.
Leo e o filho mais velho, Mateus, cavalgam pelo pasto na hora da vistoria do gado
Foto: Tomás Arthuzzi
Foto: Tomás Arthuzzi
Em entrevista ao Terra, dupla falou sobre o lançamento do novo DVD, 'Ao Vivo em Floripa'
Foto: Léo Pinheiro/Terra
Foto: Léo Pinheiro/Terra
Os irmãos Victor & Leo formam uma das duplas mais bem sucedidas da músicas sertaneja desde 2007, quando foram lançados ao sucesso. Desde então, firmaram seu espaço na música popular brasileira e hoje lançam seu terceiro DVD, Ao Vivo em Floripa, gravado na capital catarinense, uma das regiões preferidas da dupla no País.
Repleto de parcerias, o DVD ainda traz novidades como a cantora Nice, que eles conheceram nos bastidores de um show em Guaçuí, no Espírito Santo, e que teve a oportunidade de dividir o palco do show cantando uma composição própria. No entanto, os músicos fazem questão de deixar claro que a intenção nunca foi ajudar ou apadrinhar novos artistas. "Alcançar o sucesso graças a um padrinho não é mérito nenhum", afirma Leo.
Em entrevista ao Terra, a dupla ainda fala sobre a fama, a falta de tempo que vem acompanhada dela e afirmam que gostariam que houvessem mais cantoras como Paula Fernandes no Brasil.
Terra - Como foi diferente esse show do DVD Ao Vivo em Floripa?
Victor - Uma das diferenças é que a gente resolveu fazer esse DVD 20 dias antes. Em apenas 20 dias a gente tinha que produzir, arranjar e movimentar toda uma equipe pra fazer acontecer. E aquela é uma estrutura que exigiria muito mais tempo para ter um êxito garantido.
Victor - Uma das diferenças é que a gente resolveu fazer esse DVD 20 dias antes. Em apenas 20 dias a gente tinha que produzir, arranjar e movimentar toda uma equipe pra fazer acontecer. E aquela é uma estrutura que exigiria muito mais tempo para ter um êxito garantido.
Leo - Mas já sabíamos que seria em Floripa há mais de um ano.
Victor - Todos os shows no Sul são maravilhosos desde 2007, quando nosso trabalho ficou mais conhecido. A gente tem uma relação muito peculiar e positiva com todas as regiões do País, mas no Sul, a educação, a cultura... Teve uma receptividade enorme com a nossa música. E um dia a gente tava sobrevoando Floripa após ter feito um show lá e viu aquela ponte. Então demos por certo que gravaríamos um DVD lá. E a gente está sempre alternando. Um ano em estúdio e um ano gravando ao vivo, e aí ficamos dois anos em estúdio e já sabíamos que o próximo ao vivo seria lá.
Terra - Vocês costumam se envolver em toda a concepção do show?
Leo - De tudo, desde o cenário até a luz, a parte musical... A gente é meio chato demais, sabe? Temos dedo em tudo. O diretor é um cara supercompetente, a gente já tinha trabalhado com ele, temos uma confiança muito grande no Santiago. E ele sabe que a gente gosta de opinar em tudo. Tanto nas luzes, no cenário, no palco, colocação, capa, foto... Participamos de todas essas questões dos nossos discos.
Leo - De tudo, desde o cenário até a luz, a parte musical... A gente é meio chato demais, sabe? Temos dedo em tudo. O diretor é um cara supercompetente, a gente já tinha trabalhado com ele, temos uma confiança muito grande no Santiago. E ele sabe que a gente gosta de opinar em tudo. Tanto nas luzes, no cenário, no palco, colocação, capa, foto... Participamos de todas essas questões dos nossos discos.
Terra - Notei que a agenda de vocês atual costuma ter quatro shows e uma pausa. O que vocês fazem nesses dias?
Leo - Hoje é uma pausa (risos). Desde 2007, 2008, quando a gente apareceu no mercado e nossa música se tornou conhecida, a gente teve uma agenda muito corrida, cheia de compromissos. Fazíamos mais shows do que hoje, era uma questão de escolha. Uma série de questões influenciaram nisso. A partir de 2010 - eu tenho família, filhos, esposa, o Victor também tem as questões pessoais dele que influenciam muito - a gente teve uma reunião e decidiu viver um pouquinho mais. Então fizemos uma reunião e hoje temos uma agenda mais enxuta. Quando passam de cinco shows por semana, já passou da média. Nos dias de folga também temos compromisso, de divulgação, visitamos rádio, viajamos... Daqui pra frente acredito que será sempre assim.
Leo - Hoje é uma pausa (risos). Desde 2007, 2008, quando a gente apareceu no mercado e nossa música se tornou conhecida, a gente teve uma agenda muito corrida, cheia de compromissos. Fazíamos mais shows do que hoje, era uma questão de escolha. Uma série de questões influenciaram nisso. A partir de 2010 - eu tenho família, filhos, esposa, o Victor também tem as questões pessoais dele que influenciam muito - a gente teve uma reunião e decidiu viver um pouquinho mais. Então fizemos uma reunião e hoje temos uma agenda mais enxuta. Quando passam de cinco shows por semana, já passou da média. Nos dias de folga também temos compromisso, de divulgação, visitamos rádio, viajamos... Daqui pra frente acredito que será sempre assim.
Terra - Como se deu a parceria entre vocês e o Pepeu Gomes no DVD?
Victor - No decorrer do disco, a gente tem várias canções próprias e algumas regravações como releituras. Essas regravações são baseadas na história que elas têm conosco, as tocamos nos bares, elas nos acompanharam em alguns momentos. E tocávamos Sexy Iemanjá há 20 anos. Uma hora a gente tinha que regravá-la, e assim fizemos no ano passado. E o Pepeu foi muito elogioso, soubemos que ele havia gostado e queríamos tê-lo conosco no palco como uma referência de repertório, que achamos muito rico e pouco conhecido pelas novas gerações. Então tínhamos que tê-lo.
Victor - No decorrer do disco, a gente tem várias canções próprias e algumas regravações como releituras. Essas regravações são baseadas na história que elas têm conosco, as tocamos nos bares, elas nos acompanharam em alguns momentos. E tocávamos Sexy Iemanjá há 20 anos. Uma hora a gente tinha que regravá-la, e assim fizemos no ano passado. E o Pepeu foi muito elogioso, soubemos que ele havia gostado e queríamos tê-lo conosco no palco como uma referência de repertório, que achamos muito rico e pouco conhecido pelas novas gerações. Então tínhamos que tê-lo.
Victor - Foi mais fácil do que por encomenda, né Leo? A gente teve uma afinidade superbacana.
Leo - Batemos um papo com ele antes no camarim, conhecemos um pouco da história de vida dele. O Pepeu é um gigante, né? Um grande compositor, músico e cantor da música brasileira. É um cara que canta bem demais. No ensaio, dois dias antes, a gente já sabia que seria aquilo ali, que ela seria uma música marcante.
Terra - E as demais parcerias? Como vocês escolheram esses artistas?
Leo - A gente não convidou ninguém somente para estar ali ou com segundas intenções. Convidamos por termos uma história de admiração pelo trabalho. O Zezé e Luciano foi uma das duplas, assim como muitas outras, que nos influenciou. Então é uma referência que a gente tem. Temos uma admiração e um respeito muito grande pela história deles, e o convite já tinha sido feito há um tempo. Depois eles foram ao lançamento do nosso último projeto, Amor de Alma, em Uberlândia. Cantamos uma música juntos, então houve uma aproximação de uns anos pra cá, além da admiração profissional. A gente também sempre teve uma admiração grande pelo Thiaguinho. Quando ele era do Exalta, já o achava um grande cantor. Ele ia a shows nossos e começou a surgir uma amizade quando nos encontrávamos nos eventos. Sempre tivemos uma simpatia por ele muito grande. Essa música, Maluco, já existia há muito tempo. A gente decidiu chamar o Thiaguinho por achar que ela é a cara dele.
Leo - A gente não convidou ninguém somente para estar ali ou com segundas intenções. Convidamos por termos uma história de admiração pelo trabalho. O Zezé e Luciano foi uma das duplas, assim como muitas outras, que nos influenciou. Então é uma referência que a gente tem. Temos uma admiração e um respeito muito grande pela história deles, e o convite já tinha sido feito há um tempo. Depois eles foram ao lançamento do nosso último projeto, Amor de Alma, em Uberlândia. Cantamos uma música juntos, então houve uma aproximação de uns anos pra cá, além da admiração profissional. A gente também sempre teve uma admiração grande pelo Thiaguinho. Quando ele era do Exalta, já o achava um grande cantor. Ele ia a shows nossos e começou a surgir uma amizade quando nos encontrávamos nos eventos. Sempre tivemos uma simpatia por ele muito grande. Essa música, Maluco, já existia há muito tempo. A gente decidiu chamar o Thiaguinho por achar que ela é a cara dele.
Victor - E pelo fato dela jamais ser gravada por nós (risos). Ela ficava sempre guardada, porque eu fiz ela meio pagodinho, mas jamais a gravaria. Não tem a ver intrinsecamente com a gente. Nós nunca fizemos um pagode.
Leo - Semprei adorei o Nando Reis também, as composições dele, a postura dele no palco. O rock nacional é uma grande referência pra gente.
Terra - A Paula Fernandes também ficou superfeliz com a participação no show. Como é a amizade dela com vocês? Victor - A gente já se conhece há mais de dez anos, conhecemos a Paulinha desde novinha. Gravamos uma música dela no ,Ao Vivo em Uberlândia e de alguma maneira aquilo ali aproximou mais o nosso contato artístico. A partir de então, depois que ela ficou conhecida e ela gravou uma música minha chamada Não Precisa, as pessoas querem muito ver a gente cantando com ela a canção que gravamos primeiro, Meu Eu Em Você. E ela participou conosco do disco passado com uma canção chamada Sonhos e Ilusões em Mim.
Terra - Como é a relação de vocês com essa nova geração de artistas sertanejos?
Victor - Quase todos são muito solicitos, elogiosos. O Michel Teló já foi a muitos shows da gente, Gusttavo Lima também... Todos eles, dessa nova geração, respeitam muito nosso trabalho.
Victor - Quase todos são muito solicitos, elogiosos. O Michel Teló já foi a muitos shows da gente, Gusttavo Lima também... Todos eles, dessa nova geração, respeitam muito nosso trabalho.
Terra - Podem contar um pouco da história de vocês com a aquela cantora que aparece no DVD? Vocês a conheceram nos bastidores de um show?
Leo - Ela se chama Nice e a conhecemos no nosso camarim em um show em Guaçuí, no Espírito Santo. Ela entrou querendo nos apresentar uma música que ela queria que a gente gravasse. Ficamos realmente encantados com o timbre de voz dela. Pedimos que ela entrasse em contato conosco depois, para conhecer o trabalho dela. Aí ela enviou um CD com músicas que ela compôs e a convidamos para ir a um ensaio nosso em Floripa. Foi quando conhecemos mais da história de vida dela, que é fantástica. História vencedora, de uma pessoa que sofreu preconceito por parte da sociedade, por não ter condições financeira privilegiada e, com o talento e arte, seguiu na música. Ela é uma guerreira e muito talentosa. Victor - Já houve oportunidade de pessoas querendo fazer uma matéria conosco e com ela, mas a gente prefere que ela seja lançada sozinha, como grande cantora e compositora. Se nós fizermos isso agora, vamos virar os "padrinhos", e isso pra ela não é legal.
Leo - Ela se chama Nice e a conhecemos no nosso camarim em um show em Guaçuí, no Espírito Santo. Ela entrou querendo nos apresentar uma música que ela queria que a gente gravasse. Ficamos realmente encantados com o timbre de voz dela. Pedimos que ela entrasse em contato conosco depois, para conhecer o trabalho dela. Aí ela enviou um CD com músicas que ela compôs e a convidamos para ir a um ensaio nosso em Floripa. Foi quando conhecemos mais da história de vida dela, que é fantástica. História vencedora, de uma pessoa que sofreu preconceito por parte da sociedade, por não ter condições financeira privilegiada e, com o talento e arte, seguiu na música. Ela é uma guerreira e muito talentosa. Victor - Já houve oportunidade de pessoas querendo fazer uma matéria conosco e com ela, mas a gente prefere que ela seja lançada sozinha, como grande cantora e compositora. Se nós fizermos isso agora, vamos virar os "padrinhos", e isso pra ela não é legal.
Terra - Vocês já pensaram em apadrinhar algum artista?
Victor - Essa coisa de ajudar é muito relativa. A Nice, pra nós, é uma exceção. Ela realmente nos encantou profundamente. Ela é diferente de tudo o que a gente já viu. As composições dela são muito maduras, de ficar de boca aberta. Ela tem uma forma simplista e, ao mesmo tempo, muito sofisticada de escrever músicas. Eu acredito que nessa história de ficar pegando artistas imaturos ou muito jovens e colocando esse pessoal exposto ao "sucesso", à fama fácil, à volúpia da internet... Acho isso muito perigoso. Isso não é ajudar ninguém, porque eu acho que o artista ele não nasce pra ser ajudado, e sim pra passar arte, e se ao passar essa arte ele chega até o público, ele tem méritos. Agora, se fica famoso com a grana de alguém ou com a ajuda de um padrinho, isso não é mérito nenhum. Ele tá levantando um troféu que não é dele.
Victor - Essa coisa de ajudar é muito relativa. A Nice, pra nós, é uma exceção. Ela realmente nos encantou profundamente. Ela é diferente de tudo o que a gente já viu. As composições dela são muito maduras, de ficar de boca aberta. Ela tem uma forma simplista e, ao mesmo tempo, muito sofisticada de escrever músicas. Eu acredito que nessa história de ficar pegando artistas imaturos ou muito jovens e colocando esse pessoal exposto ao "sucesso", à fama fácil, à volúpia da internet... Acho isso muito perigoso. Isso não é ajudar ninguém, porque eu acho que o artista ele não nasce pra ser ajudado, e sim pra passar arte, e se ao passar essa arte ele chega até o público, ele tem méritos. Agora, se fica famoso com a grana de alguém ou com a ajuda de um padrinho, isso não é mérito nenhum. Ele tá levantando um troféu que não é dele.
Terra - Vocês costumam se incomodar com a falta de privacidade que a fama traz?
Leo - O que mais enche o saco pra mim é o julgamento das pessoas. Mas eu ligo muito o foda-se. Quando você a vida exposta, tem que estar muito atento ao que você faz e fala. E aí você não tem tanta liberdade de fazer o que quer. Mas o fato das pessoas me assediarem ou tirarem um pouco da minha privacidade, não me incomoda, até porque se tá na chuva é pra se molhar. Eu recebo de braços abertos.
Leo - O que mais enche o saco pra mim é o julgamento das pessoas. Mas eu ligo muito o foda-se. Quando você a vida exposta, tem que estar muito atento ao que você faz e fala. E aí você não tem tanta liberdade de fazer o que quer. Mas o fato das pessoas me assediarem ou tirarem um pouco da minha privacidade, não me incomoda, até porque se tá na chuva é pra se molhar. Eu recebo de braços abertos.
Vocês sentem falta de mais cantoras sertanejas no Brasil?
Leo - Talvez exista uma carência de cantoras sertanejas. Mas não sei se sempre foi assim. Na época em que eu comecei a escutar música sertaneja, tinha a Roberta Miranda, a Sula Miranda, mas eram poucas. Acho que ficou um tempo sem novidade no mercado sertanejo feminino, e a Paula Fernandes veio numa hora excelente, trazendo uma música de qualidade, mudando uma vertente.
Leo - Talvez exista uma carência de cantoras sertanejas. Mas não sei se sempre foi assim. Na época em que eu comecei a escutar música sertaneja, tinha a Roberta Miranda, a Sula Miranda, mas eram poucas. Acho que ficou um tempo sem novidade no mercado sertanejo feminino, e a Paula Fernandes veio numa hora excelente, trazendo uma música de qualidade, mudando uma vertente.
Victor - Seria bom se as outras cantoras fossem boas como ela. Se tiver coisa ruim, é melhor ficar sem (risos).
Terra - Nos shows, o Victor costuma ficar mais parado, tocando o violão e o Leo ocupando o palco. Isso é só uma limitação de instrumento ou reflete um pouco a personalidade de vocês também?
Leo - Desde criança eu sempre fui hiperativo. Meus pais tinham que ter cuidado comigo, e meus filhos também são assim. Na música, é mais pelas referências que tenho, pelo que eu gosto em um artista. Então eu sempre gostei muito de ver o Garth Brooks no palco, a Tina Turner... E do rock também, que é mais desencanado, faz o que tá a fim ali e (desculpe o termo) foda-se o que vão pensar.
Leo - Desde criança eu sempre fui hiperativo. Meus pais tinham que ter cuidado comigo, e meus filhos também são assim. Na música, é mais pelas referências que tenho, pelo que eu gosto em um artista. Então eu sempre gostei muito de ver o Garth Brooks no palco, a Tina Turner... E do rock também, que é mais desencanado, faz o que tá a fim ali e (desculpe o termo) foda-se o que vão pensar.
Victor - No meu caso até tem a ver com a minha personalidade, porque eu sou mais quieto e tranquilo mesmo. Ao mesmo, eu faço todos os solos e todos os arranjos iniciais de todas as canções. Se eu tirar a mão do meu instrumento ou me dispersar em algum momento, o show desanda. Acho que o Leo faz o resto muito bem, ele tem uma presença de palco ferrada, como poucos artistas. Não tô enchendo sua bola não (risos). Eu fico muito tranquilo, entendeu? O cara tá muito bem na fita.
Leo - Se você for verdadeiro em cima do palco, isso é tudo, porque se for mentiroso, mais cedo ou mais tarde as pessoas vão perceber. O público sente quando é uma mentira. Isso é o mais importante
23/11/11
Entrevista de Victor e Leo para o lançamento de Amor de Alma!!!
Victor & Leo falam sobre CD e Victor desmente namoros: ‘Estou solteiro e tranquilaço’
Assim que pisou na sala do Hotel Grand Hyatt, em São Paulo, onde aconteceriam as entrevistas para lançamento de "Amor de alma", novo álbum da dupla Victor & Leo, o primeiro cantor perguntou: "Vai doer?". A assessora garantiu que não, e, com sorriso e simpatia, a dupla enfrentou uma tarde de entrevistas. Enquanto Victor respondeu às perguntas sobre o atrevimento das fãs, os rumores de romances com Xuxa e Paula Fernandes, Leo falou da família e da justa diminuição de trabalho para poder aproveitar a vida.
O que acha de ter levado a fama de namorado da Xuxa?
Victor: Na minha cabeça ficou tudo igual. Eu não estou namorando a Xuxa, ficou na cabeça das pessoas essa confusão, nos sonhos. Na minha, está muito claro: eu estou solteiro e tranquilaço.
E de onde vem a relação de vocês com a Paula Fernandes? Vocês gravaram música no CD dela, agora ela gravou "Sonhos e ilusões em mim" no CD de vocês...
Victor: Ela é uma pessoa com quem a gente tem muita afinidade. Embora seja bem mais nova, tinha só 17 anos quando nos conhecemos em São Paulo, ela se sentia sozinha e a gente também. Paula voltou para Minas e a gente ficou, mas nós não perdemos o contato. A gente sempre se falava e, quando o trabalho da gente ficou conhecido nacionalmente, sabíamos que em algum momento viria o sucessoo dela. Paula já tinha músicas em algumas trilhas de novela, mas não era conhecida. Agora, ela já gostava de "Sonhos e ilusões...", e veio muito gentilmente gravar com a gente. É uma querida amiga talentosíssíma, e qualquer coisa fica bonita naquela voz. Mas nunca fui namorado dela.
E você, Leo, consegue conciliar a rotina de shows com sua família (ele é casado, e tem dois filhos, Matheus, de 5 anos, e Antonio, de 1)?
Leo: Hoje eu consigo ficar mais perto deles. Ano passado, quando o Antonio nasceu, eu estava fazendo show, e a minha mulher, Tatiana, não estava bem, porque ia fazer o parto longe de mim, ia ser cesária. Foi um dos dias mais difíceis de me apresentar. Assim que acabou eu fui para Uberlândia, e ainda tinha show no mesmo dia, à noite. Sofro com essa dificuldade de estar mais perto dos meus filhos, e eu gosto muito dessa convivência. Acho que o pai tem que poder olhar no olho e educar, e tenho lido muito sobre isso. No final de 2009, a gente já deu uma conversada, fazíamos 200 shows por ano. Agora, o escritório já sabe que não é para fazer. Decidimos diminuir o ritmo para viver e usufruir do que a gente conquista e ter um pouco de lazer.
E que fase de vocês o novo CD mostra?
Leo: Tem tudo a ver com o título "Amor de alma". Estamos cheios de amor para dar. A capa já mostra isso também. Estamos livres, abertos e juntos (montando seus respectivos cavalos da raça quarto de milha) no meu haras. É um CD animadão, tem a ver com o momento que vivemos. Tenho mais tempo para meus filhos e minha mulher, para meu lazer, passou a euforia do início.
Na música "Boteco de esquina", de autoria do Victor, vocês falam de uma mulher, que na companhia do marido, dá confiança para vocês. Isso já aconteceu com vocês?
Victor: Muitas vezes e acontece com qualquer cantor da noite. No boteco, está todo mundo próximo, ao seu redor, é um fato recorrente de bar. Tem casal que chega para curtir sua música juntos, tem casal que o homem está olhando para uma mulher, e ela olhando para o cantor, que chama muita atenção. No verso "uma linda morena me deixou assim com o marido do lado sorria pra mim", falo que ela me deixou sem graça, mas você tem que saber lidar com o cara, para não deixá-lo enciumado, tem que ter jogo de cintura. Todas as vezes que chega um casal, cumprimento primeiro o cara. E, depois, falo com a mulher dele, mas só com um aperto de mão (risos).
Fonte:Globo.com
Postagem:Gih Naves
Victor & Leo tem muito
amor pra dar
Após férias, Victor & Leo voltam com o disco ‘Amor de Alma'. Veja uma entrevista exclusiva na TV Diário
Os sertanejos Victor & Leo voltam com gás total no álbum “Amor de Alma”. “Estamos cheios de amor para dar. Nosso disco retrata o momento que estamos vivendo. Mais felizes e com mais tempo para nos dedicar à vida pessoal. Este trabalho é mais dançante e animado. É para tocar em churrasco”, define Leo, de 35 anos. A foto da capa também reflete essa alegria. “Crio cavalos e cavalgo desde criança, mas a ideia foi do Victor. Ele quis fazer fotos em que a gente aparece em alta velocidade, voando. No começo fui contra, mas depois gostei do resultado. Me surpreendi. Ficou uma imagem de dois caras livres, unidos, com muito gás”, explica.
Produzido e arranjado pelos artistas, o 9 CD da dupla, que está há 20 anos na estrada, foi gravado durante seis meses num pequeno estúdio em Uberlândia (MG), após as primeiras férias que conseguiram tirar em cinco anos. “Gravamos num clima para cima, contando piada. Quase ninguém sabia que estávamos em estúdio. Isso refletiu no nosso trabalho”, afirma Victor, de 36 anos. “O anterior, ‘Boa Sorte Para Você’, foi feito num período de muito cansaço e estresse. É um disco lento, bucólico, calmo, para viajar”, diz Leo.
O esgotamento foi resultado de uma agenda repleta de shows. Os irmãos mineiros chegaram a fazer seis apresentações por semana. “Fiquei praticamente três anos sem ver e conviver direito com a minha família, minha mulher e meus dois filhos”, conta Leo.
O esgotamento foi resultado de uma agenda repleta de shows. Os irmãos mineiros chegaram a fazer seis apresentações por semana. “Fiquei praticamente três anos sem ver e conviver direito com a minha família, minha mulher e meus dois filhos”, conta Leo.
Até que um dia resolveram colocar o pé no freio e dizer alguns “nãos”. “Há mais ou menos um ano falamos para o nosso empresário que iríamos fazer no máximo quatro shows por semana. Se ele marcasse o quinto, ele ia ter de cantar”, brinca Leo. O ritmo mais lento fez os dois adiarem também a carreira internacional. “Em 2008, lançamos um disco em espanhol e fizemos alguns shows na América Latina. Foi muito cansativo. Éramos tratados como iniciantes. Agora, recebemos o convite para gravar outro, mas para promovê-lo teríamos de passar cem dias fora do Brasil. Por enquanto, a resposta é não. Quem sabe no futuro”, adianta Victor.
Parceria antiga /A musa da nova safra sertaneja, Paula Fernandes, canta com a dupla em “Sonhos e Ilusões em Mim”. “Somos amigos da Paulinha há dez anos, quando nenhum de nós era famoso. Admiramos muito o trabalho dela”, diz Victor, que desmente os boatos de namoro com a artista. “Ela já gravou algumas músicas nossas e, quando escutou ‘Sonhos e Ilusões’, deu a entender que queria gravar também. Aí eu falei: ‘Tudo bem. Então grava com a gente no nosso disco. Ela topou”. Outro destaque é a regravação de “Sexy Iemanjá”, de Pepeu Gomes, e um pout-pourri das canções populares “Fuscão Preto”, “O Doutor e a Empregada” e “O Fuscão e a Empregada”, seguidas de “Passe Livre”, de Teodoro e Sampaio, e “Se Eu Não Puder te Esquecer”, de Moacyr Franco. Segundo Victor, essas músicas remetem ao começo da carreira e à infância. “Costumávamos cantá-la quando estávamos começando e fazíamos shows em barzinhos. Foi uma forma de relembrar essa época”, diz o músico, que encara as apresentações em grandes casas “como um grande botecão”
Parceria antiga /A musa da nova safra sertaneja, Paula Fernandes, canta com a dupla em “Sonhos e Ilusões em Mim”. “Somos amigos da Paulinha há dez anos, quando nenhum de nós era famoso. Admiramos muito o trabalho dela”, diz Victor, que desmente os boatos de namoro com a artista. “Ela já gravou algumas músicas nossas e, quando escutou ‘Sonhos e Ilusões’, deu a entender que queria gravar também. Aí eu falei: ‘Tudo bem. Então grava com a gente no nosso disco. Ela topou”. Outro destaque é a regravação de “Sexy Iemanjá”, de Pepeu Gomes, e um pout-pourri das canções populares “Fuscão Preto”, “O Doutor e a Empregada” e “O Fuscão e a Empregada”, seguidas de “Passe Livre”, de Teodoro e Sampaio, e “Se Eu Não Puder te Esquecer”, de Moacyr Franco. Segundo Victor, essas músicas remetem ao começo da carreira e à infância. “Costumávamos cantá-la quando estávamos começando e fazíamos shows em barzinhos. Foi uma forma de relembrar essa época”, diz o músico, que encara as apresentações em grandes casas “como um grande botecão”
Fonte:Diario de S.Paulo
postagem:Raquel Amaral
postagem:Raquel Amaral
Victor & Leo contam que voz suave de Neil Young influencia folk da dupla
AO G1, ELES COMENTAM REFERÊNCIAS QUE VÃO DO CANTOR AO 'SERTANEJO DE RAIZ'.
'NÃO IREMOS ELEVAR A CONDIÇÃO DE IRMÃO A OBRIGAÇÃO PROFISSIONAL', DIZ VICTOR.
Falta pouco para a dupla mineira Victor & Leo completar 20 anos de carreira, 15 deles nos palcos apertados de barzinhos, como fazem questão de ressaltar. Os dois irmãos aproveitam a entrevista abaixo, sobre o lançamento do disco "Amor de alma", para listar (e explicar) referências que vão do canadense Neil Young ao Trio Parada Dura.
Durante o bate-papo em um hotel em São Paulo, eles questionam o uso do termo sertanejo ("Não adianta colocar bota, chapéu e fazer pop") e contam que já conversaram várias vezes sobre um possível fim da parceria. Leia a entrevista da dupla ao G1:
Victor: A palavra “sertanejo” advém de “sertão”. Se não for assim, não tem sentido. Se a pessoa não sabe minimamente o que é bucolismo ou não sabe vivenciar o sentido disso, ela não está fazendo música sertaneja. Não adianta colocar bota, chapéu e fazer rock ou pop. Sem nenhum tipo de ligação com o sertão, você está fazendo outra coisa. Isso aqui a gente faz desde criança [aponta para a capa do disco]. A ideia foi fazer uma capa natural. Não precisava ser bonita, nem photoshop tem. As golas estão desarrumadas. É do jeito que uma pessoa fica ao montar um cavalo. Se hoje uma pessoa disser que gosta de sertanejo, não sei do que ela gosta. Tem gente que está seguindo apenas uma fórmula.
G1 - Há muito de forró no disco, e vocês o definem como '80% dançante'. O CD é menos romântico?
Léo: O anterior, “Boa sorte pra você”, não era para ser colocado em um churrasco. Coloco mais no carro para viajar. É lento, melancólico. A gente estava cansado, estressado. Assim, você quer ouvir uma coisa mais calma, se enfiar no quarto, ficar “de boa”. Aí tiramos férias de três meses. A gente veio cheio de gás. No estúdio, o astral foi muito bom.
Victor: Esse novo disco tem meu violão, acordeão, bateria, contrabaixo e percussão. Acabou. Ele é extremamente cru. É produzido, dirigido, arranjado, interpretado e tocado por nós.
Léo: O anterior, “Boa sorte pra você”, não era para ser colocado em um churrasco. Coloco mais no carro para viajar. É lento, melancólico. A gente estava cansado, estressado. Assim, você quer ouvir uma coisa mais calma, se enfiar no quarto, ficar “de boa”. Aí tiramos férias de três meses. A gente veio cheio de gás. No estúdio, o astral foi muito bom.
Victor: Esse novo disco tem meu violão, acordeão, bateria, contrabaixo e percussão. Acabou. Ele é extremamente cru. É produzido, dirigido, arranjado, interpretado e tocado por nós.
G1 - Na faixa-título há um quê de pop rock. Esse lado sempre esteve na sua obra. Dinho, do Capital Inicial, já disse que vocês souberam fazer uso do pop que fez sucesso nos acústicos MTV. Bandas venderam muito com esse projeto, mas agora vocês que vendem. Há um pouco dessa sonoridade nas suas músicas?
Victor - Eu não ligo muito a isso intrinsecamente, embora todos os Acústicos MTV sejam os meus prediletos. Desde o Eric Clapton que fez o primeiro, né? Mas fazemos isso naturalmente há muito tempo, mesmo quando a gente não tinha DVD para assistir e não tinha notícia de Acústico MTV. Em 1993, todo mundo tinha fita cassete. Eu pegava e fazia uma seleção com as minhas músicas prediletas. Eu punha uns nomes como “Apaixonado mil por hora” na fita. E daí começava... “What can I do / What can I say” [Victor imita a voz de Neil Young em “Already one”]. Aí quando acabava Neil Young começava Trio Parada Dura, “Barco de papel”. Aí vinha “Money for nothing”, do Dire Straits. Eram muitas referências misturadas, mas a principal era a música sertaneja de raiz.
Victor - Eu não ligo muito a isso intrinsecamente, embora todos os Acústicos MTV sejam os meus prediletos. Desde o Eric Clapton que fez o primeiro, né? Mas fazemos isso naturalmente há muito tempo, mesmo quando a gente não tinha DVD para assistir e não tinha notícia de Acústico MTV. Em 1993, todo mundo tinha fita cassete. Eu pegava e fazia uma seleção com as minhas músicas prediletas. Eu punha uns nomes como “Apaixonado mil por hora” na fita. E daí começava... “What can I do / What can I say” [Victor imita a voz de Neil Young em “Already one”]. Aí quando acabava Neil Young começava Trio Parada Dura, “Barco de papel”. Aí vinha “Money for nothing”, do Dire Straits. Eram muitas referências misturadas, mas a principal era a música sertaneja de raiz.
G1 - E o que tem de Neil Young nas músicas que vocês cantam hoje?
Victor - É uma referência. Nossas baladas românticas são folks. Tem uma que se chama “Pensei em você”. A cena da música, a cor dessa música, no Brasil quase ninguém soube entender ou classificar. É folk puro, com R&B. Renato Teixeira [cantor] chegou para nós e falou: “Vocês renovaram preservando a essência. Então, se no Brasil existisse uma música sertaneja que pudesse ser chamada de folk, seria o som que vocês fazem”.
Leo - Não é só a referência para o arranjo, tem a voz. É mais suave, o jeito de cantar do Neil Young tem isso. Nos discos com o Crazy Horse era aspereza pura e depois nos discos mais acústicos ficou mais suave. Mas existem outros que nos agradam: Eagles, Simon & Garfunkel, James Taylor. Temos a característica de cantar aveludado.
Victor - É uma referência. Nossas baladas românticas são folks. Tem uma que se chama “Pensei em você”. A cena da música, a cor dessa música, no Brasil quase ninguém soube entender ou classificar. É folk puro, com R&B. Renato Teixeira [cantor] chegou para nós e falou: “Vocês renovaram preservando a essência. Então, se no Brasil existisse uma música sertaneja que pudesse ser chamada de folk, seria o som que vocês fazem”.
Leo - Não é só a referência para o arranjo, tem a voz. É mais suave, o jeito de cantar do Neil Young tem isso. Nos discos com o Crazy Horse era aspereza pura e depois nos discos mais acústicos ficou mais suave. Mas existem outros que nos agradam: Eagles, Simon & Garfunkel, James Taylor. Temos a característica de cantar aveludado.
G1 - Vocês regravaram músicas populares. Como foi a escolha?
Leo - Criamos um vínculo de sentimento com algumas músicas. Por isso, a gente regrava. Cantamos muito “Passe livre”, “Fuscão preto” e “Sexy Iemanjá” em bares. São especiais. Não buscamos hits no passado, é uma escolha afetiva.
Victor - Eu me lembro bem de “Fuscão preto”. Tinha sete anos. Eu tenho a cena clara de estar com meu pai, familiares, todos dançando, outros bebendo e rindo. E “Fuscão preto” comendo solto no fundo. Quando eu ouço, eu volto para lá. É quase como se fosse a goiabada com queijo que a sua avó fazia. Hoje quando como, estou comendo aquele momento. É um portal para aquele momento bom.
Leo - Criamos um vínculo de sentimento com algumas músicas. Por isso, a gente regrava. Cantamos muito “Passe livre”, “Fuscão preto” e “Sexy Iemanjá” em bares. São especiais. Não buscamos hits no passado, é uma escolha afetiva.
Victor - Eu me lembro bem de “Fuscão preto”. Tinha sete anos. Eu tenho a cena clara de estar com meu pai, familiares, todos dançando, outros bebendo e rindo. E “Fuscão preto” comendo solto no fundo. Quando eu ouço, eu volto para lá. É quase como se fosse a goiabada com queijo que a sua avó fazia. Hoje quando como, estou comendo aquele momento. É um portal para aquele momento bom.
Em 2012, vocês completam 20 anos de dupla. Vocês estão cada vez mais perto dos 25 anos. Rick & Renner se separaram no 25º aniversário e Bruno & Marrone tiveram problemas. Melhor tomar cuidado com a maldição dos 25 anos.
Léo - [Risos] Boa dica, cara. Mas ainda bem que faltam cinco anos...
Victor - É sério isso, maldição? [Risos] Já tivemos crises de contestar o porquê de estarmos juntos. Foram várias conversas no decorrer da carreira. Não podemos elevar a condição de irmão a uma obrigação profissional. A gente só canta junto porque quer. Depois que a gente incorporou esse pensamento, ficou mais confortável. Eu me sinto agradecido. Eu tenho o sentimento de gratidão por ele existir quando estou no palco. Vamos supor que aconteça um acidente e um dos dois morra. Não sei se vou continuar a cantar. Talvez pare mesmo.
Léo - Eu pararia na hora. Não vamos continuar a falar disso não, eu vou chorar.
Victor - Quando estiver no fim da vida, quero olhar para trás e ver que a minha intenção era fazer a diferença na vida de alguém. Não pode ser por um motivo vago
Fonte:G1
Postagem:RaquelEntrevista de Victor e Leo ao Portal da Mata,sobre o show da dupla a cidade deles:Abre-Campo 27/05/2012
Sempre que vocês têm oportunidade fazem menção publicamente do nome da cidade de Abre Campo, fazendo com que ela seja conhecida e respeitada. O que a cidade de Abre Campo representa para Victor e Leo?
Hoje, vocês são nacionalmente conhecidos e queridos. Viajam o Brasil inteiro. Como vocês vêem o nosso País? Qual o maior problema a ser vencido? O que acreditam ser a solução para tantos problemas: corrupção, desigualdade social, caos na saúde, drogas...
Deixem uma mensagem para o povo abrecampense...
Leo Chaves: Temos nossa cidade guardada no fundo do peito!! Vivemos momentos inesquecíveis em Abre Campo, e nunca perderemos a essência adquirida nesse tempo. Temos orgulho em dizer que somos de Abre Campo!! Obrigado!
Léo - [Risos] Boa dica, cara. Mas ainda bem que faltam cinco anos...
Victor - É sério isso, maldição? [Risos] Já tivemos crises de contestar o porquê de estarmos juntos. Foram várias conversas no decorrer da carreira. Não podemos elevar a condição de irmão a uma obrigação profissional. A gente só canta junto porque quer. Depois que a gente incorporou esse pensamento, ficou mais confortável. Eu me sinto agradecido. Eu tenho o sentimento de gratidão por ele existir quando estou no palco. Vamos supor que aconteça um acidente e um dos dois morra. Não sei se vou continuar a cantar. Talvez pare mesmo.
Léo - Eu pararia na hora. Não vamos continuar a falar disso não, eu vou chorar.
Victor - Quando estiver no fim da vida, quero olhar para trás e ver que a minha intenção era fazer a diferença na vida de alguém. Não pode ser por um motivo vago
Fonte:G1
Postagem:RaquelEntrevista de Victor e Leo ao Portal da Mata,sobre o show da dupla a cidade deles:Abre-Campo 27/05/2012
Entrevista abaixo: |
Como é, finalmente, realizar um show aonde tudo começou? Quais os sentimentos, as lembranças nessa oportunidade de “cantar em casa”? Quais as expectativas para o show do dia 27?
Victor Chaves: É uma mistura de muitas coisas. Não apenas começamos a cantar em Abre Campo, mas também nos criamos ali. Na verdade, procuro não pensar muito. Só posso dizer que estou muito feliz e ansioso com este evento, em que o lugar e as pessoas representam a origem de nossa essência pessoal e profissional.
Sempre que vocês têm oportunidade fazem menção publicamente do nome da cidade de Abre Campo, fazendo com que ela seja conhecida e respeitada. O que a cidade de Abre Campo representa para Victor e Leo?
Victor Chaves: A origem de tudo. As primeiras de todas coisas com que nos formamos. O lugar em que o termo "família" ganhou sentido em nós.
Quando vocês cantavam na Praça da Igreja Matriz, nos bares da cidade, vocês sonhavam com esse sucesso todo?
Victor Chaves: Nós não sonhávamos com isso porque era uma realidade muito distante e nem havia uma intenção seguramente profissional ainda. Mas sonhávamos com o próximo passo, que era tocar em bares de Belo Horizonte e aprimorar nossa técnica. Sonhando com o próximo passo e lutar para torná-lo realidade é que se chega ao infinito.
Hoje, vocês são nacionalmente conhecidos e queridos. Viajam o Brasil inteiro. Como vocês vêem o nosso País? Qual o maior problema a ser vencido? O que acreditam ser a solução para tantos problemas: corrupção, desigualdade social, caos na saúde, drogas...
Leo Chaves: De maneira geral, vejo o Brasil como um país em ascendência, principalmente no setor econômico. Vem batendo metas e tendo retorno em seus investimentos. A questão social é que na minha visão ainda está muito longe do que deveria ser! É preciso incentivo na cultura e na educação. Tem que se investir mais, muito mais na educação! Penso ser o caminho mais curto pra termos daqui alguns anos um país mais desenvolvido e respeitado. Uma criança que vai à escola hoje, amanhã será peça fundamental pra um avanço no país! Vejo uma fraqueza também do ensino nas escolas, porque além do aluno ter as matérias básicas, como matemática, português, geografia, etc.., tem que se investir nos valores dessa criança! Ela precisa crescer sabendo o que é honestidade, dignidade, caráter e outros mais! Precisa saber um pouco de música e artes, esportes, línguas, enfim, é necessário maiores investimentos na educação!
Mais que nacionalmente, vocês hoje são artistas respeitados em vários outros países. A que vocês atribuem a tamanha proporção advinda de um sonho que se tornou realidade?
Leo Chaves: São tantas coisas que penso terem sido importantes nessa caminhada, mas acho fundamental gostar do que se faz! Tendo prazer em trabalhar você supera tudo. Traçar um objetivo na vida profissional, mirar lá na frente e acreditar que você vai alcançar, visualizar, imaginar, tudo isso somado ao esforço e dedicação é sinônimo de sucesso. A mente do ser humano pode tudo. Acredito nisso! E tudo o que você planta, colhe. É importante também a questão espiritual independente da religião. Essa juntamente com a prática no dia a dia, faz com que possamos ter mais equilíbrio em alguns momentos.
Deixem uma mensagem para o povo abrecampense...
Leo Chaves: Temos nossa cidade guardada no fundo do peito!! Vivemos momentos inesquecíveis em Abre Campo, e nunca perderemos a essência adquirida nesse tempo. Temos orgulho em dizer que somos de Abre Campo!! Obrigado!
A equipe Portal da Mata agradece a Dupla Victor e Leo e toda a sua assessoria por conceder com exclusividade esta entrevista.
Registramos nossos agradecimentos e o desejo de sucesso sempre!
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