Anotações do Victor Chaves

Victor Chaves...


 Algumas das varias anotações do nosso lindo poeta... São somente textos publicados por ele,na internet e instagram oficial do cantor.


Medo ou Amor?


Assim como dois caminhos não podem ser seguidos ao mesmo tempo por uma única pessoa, duas escolhas sobre um mesmo tema não podem ser feitas.
Aquele que vai à guerra por sentir-se cumprindo seu dever patriota, não pode, ao mesmo tempo, ficar ao lado da esposa e de sua família.
Quem escolhe continuar, não pode, simultaneamente permanecer. A vida é uma constante troca de uma coisa por outra e é importante aceitar isso.
Quando o caminho bifurca e o destino faz uma pergunta, qual a melhor escolha?
Em qualquer espaço ou tempo, pergunte-se: “O que o amor faria?”
A resposta a esta pergunta poderá tirar-lhe do ardor de diversas consequências advindas de uma escolha mal feita. O amor cabe em qualquer lugar e hora, permanecendo como a mais acertada forma de ser e fazer feliz.
Qualquer outra escolha que não seja por amor, certamente será por medo. Você está se perguntando: “Medo?”.
Se o medo de perder o que nem é seu se chama ciúme, o amor ao direito de simplesmente escolher estar ao lado chama-se liberdade. Se o medo de admitir que você também erra chama-se rancor, a amorosa visão de que ninguém é melhor que ninguém chama-se perdão.
Se formos pensar, tudo o que não nos faz bem são medos disfarçados e tudo o que nos torna melhores e felizes é o amor.
Medo de si mesmo é não gostar-se e aí, é bom saber que você pode reinventar-se a todo momento. Amor por si mesmo é gostar-se e aí, a energia contagiante de fazer com que todos ao seu redor sintam-se atraídos por você, chama-se auto-estima.
O que você tem escolhido? Na hora de viajar, por exemplo, pergunte-se: Estou deixando de ir por medo, estou indo por medo, estou ficando por amor ou estou indo por amor? E lembre-se, amor é algo que só pode existir, quando antes existe por você próprio. Ame-se mais para amar mais. Não ama, apenas acha que ama, aquele que diz que ama mas nem sabe o que é amor próprio.
Medo ou amor? A escolha é sua e cada segundo de sua vida lhe perguntará isso.
Autor:Victor Chaves




INVENTE-SE
ser? Quem quero serQuem sou e quem quero ser?Simples perguntas e quase nunca feitas.Quem sou?Sou o que faço a cada novo segundo ou vivo daquilo que fui? Sou o que escolho ou o que os outros escolhem para mim? Sou um sonhador ou sou um realizador? Sou parte de um todo ou um todo de alguma parte? Sou o que as pessoas pensam ou sou quem não se importa muito com o que as pessoas pensam? Sou o que querem que eu seja ou o que quero ser? Sou a imitação de alguém ou me baseio em algo ou alguém para criar quem sou? Sou o que meu signo sugere? Sou o que a numerologia diz? Sou a fofoca de alguém? Sou algo ou sou alguém? Sou mutante ou relutante? Sou o que tenho ou o que sou? Sou ou estou? Sou macho para ser homem ou homem por ser apenas humano? Sou uma mulher ou mulher de alguém? Sou vítima e coitadinho ou supero os desafios? Sou um caçador de justificativas ou aprendo com as falhas? Sou um “espalha boatos” ou ouvinte dos fatos?Talvez sejamos tudo isso, ao mesmo tempo. Mas em algum momento, quando esta vida se for, você não será mais nada do que pensa ser. Você não será torcedor nem jogador de nada, assim como não será vencedor nem perdedor. Aliás, terá brigado muito por falsas vitórias. Seu corpo será pó e o vento que o levar trará apenas uma pergunta: Fui o melhor que pude ?Quero ser mais educado ou continuar rude? Quero ser famoso para ser honrado? Quero ser reconhecido para não me sentir tão pequeno? Quero ser bravo para ser forte? Quero me tornar rei, mesmo que de um lamaçal? Quero ser alguém porque me sinto ninguém? Quero ser algo ou ser alguém? O que é ser alguém? Quero ser seguro ou continuar ciumento? Quero ser sincero ou continuar mentindo só para agradar? Quero ser rico para ser feliz ou rico e feliz? Posso me inventar? Posso criar em mim o que penso que seja o melhor que posso ser?Podemos ser o que quisermos. Mesmo negando, esta é uma verdade incidente e geral. Nossa criação, nossa sociedade e as pessoas podem nos ter inventado até agora. Mas é hora de nós mesmos sermos nossos próprios inventores. Mude as peças. Entorte os parafusos ou perca alguns, mas invente-se. Seja-se. Crie-se. Lave-se. Mude-se. Mova-se. Erga-se. Renove-se. Perca-se em si mas encontre-se. Não seja fruto, produza.Sua religião, sua crença, sua fé, suas vontades, seus olhares, suas palavras, sua língua, seu time, sua vocação e suas escolhas possuem algum sentido ou são meras aceitações? Aceitou ser algo ou escolheu ser quem é?Hora de inventar-se, reinventar-se e perguntar-se: Quem sou e quem quero ser?Pode ser que sua vida esteja sem sentido e você só perceba isso quando sentir que não a possui mais. Repare que antes de você ter a certeza de ser o dono das melhores escolhas e crenças que pôde ter até agora, alguém as mostrou e alguém as disse. São mesmo suas? São mesmo as melhores? Sua religião é a melhor e a mais verdadeira do mundo inteiro? Seu time é o melhor? Você é o exemplo máximo a ser seguido? Quem disse? Quem prova? Suas palavras são as mais verdadeiras do mundo? Busque um sentido para cada escolha que fizer. Tenha um “pra que” para cada verdade que escolher acreditar. Pergunte-se: “Pra que serve acreditar nisto?”Sua verdade não precisa ser a verdade dos outros e ninguém é obrigado a aceitá-las. Mas não precisa aceitar a verdade dos outros como se fosse sua sem antes questionar-se, porque isto é uma forma de negar o maior e menos usado dos dons da vida: O dom de inventar-se!
Autor: Victor Chaves 





ACREDITAR
Na vida, aprendemos a acreditar em quase todas as coisas, com os outros. Seja com nossos pais, amigos, com a TV. Só que, nem sempre pensamos que acreditar em algo ou em alguém, é uma escolha nossa e, nem sempre, acreditamos naquilo que nos faz bem. Verifique suas crenças. Observe sua tendência fácil em acreditar em tudo o que lê, no que ouve ou vê. Você lê um jornal e acredita, assiste TV e acredita, ouve uma história e acredita. Pode ser muito fácil soltar-se no curso de um rio mas, com tamanha distração, este rio leva você a uma correnteza e você nem se dá conta. Pare para pensar em quantas pessoas e oportunidades podem ter passado por você e não encontraram sua atenção, apenas porque você resolveu acreditar que elas não lhe serviam, antes mesmo de conhecê-las. Você ouve alguém falando mal de outro alguém e julga, antes de saber quem esteve realmente com a razão. Do jeito que acreditamos tão passivamente em tudo, podemos ser facilmente manipulados pela mídia, por políticas corruptas e por qualquer pessoa que não nos deseje bem.Nossos medos são nossa maior crença. Você acredita tanto no medo que pode estar atraindo o que teme. Veja: Quando você acredita em algo, seu pensamento e fé o transformam em realidade. Então, quando você teme muito uma coisa, sua mente interpreta que você não pode temer o que não existe, então, ela cria aquilo em que você acredita e faz com que isto se torne realidade. A melhor forma de lidar com nossas crenças é averiguar se elas são positivas, se possuem sentido e se na prática, funcionam. Muitas coisas em que acreditamos não funcionam na prática. Você fica sabendo de um fato, sai por aí o contando e repassando como se fosse uma verdade sua e, no fim, pode ter espalhado um grande e inútil boato sem sentido. Pense nisto e não seja como um robô programado para acreditar simplesmente. Reflita.Procure informar-se e sentir, antes de acreditar.Escolha acreditar no amor e não no medo. Escolha acreditar em você, na sua capacidade de mudança. Acredite naquilo que você quer se tornar ou ser. VOCÊ É TUDO AQUILO EM QUE ACREDITA POIS A CONSEQUÊNCIA DO QUE FAZ, ESTÁ LIGADA A TUDO O QUE LHE ACONTECE.Se tivesse nascido em um país diferente, pertencesse a uma família diferente e tivesse feito escolhas diferentes das que fez até hoje, pergunte-se em que valeria à pena acreditar.Por último, não acredite neste texto antes de verificar se, na sua prática de vida, ele pode fazer sentido. Mas pode acreditar que, independente de suas crenças culturais, religiosas ou sociais, ter amor a si mesmo, aos outros e ao que faz, significa felicidade.
 Autor: Victor Chaves





TIMIDEZ
Acerca do tema, fui tímido. Muito, por sinal. Escondia-me dentro de mim como uma avestruz em seu buraco a lhe tapar apenas a cabeça. Não gostava de olhares diretos nem de muita gente ao redor, principalmente se me conheciam. Câmeras fotográficas, apesar de não tê-las evitado, causavam-me desconforto. Não me sentia bem com elogios apesar de os amar.Lembro-me de as pessoas acharem isso lindo. Diziam: Olha que gracinha! Ele é tímido!E lembro-me também de muitos considerarem-me, em primeiro momento, indiferente.Acerca do tema, percebi, lendo em meu espelho e nos reflexos próprios do olhar das pessoas, que o que eu precisava não era admitir para todos e para mim mesmo que eu era tímido. Eu precisava era saber porque eu era tímido. De onde vinham os motivos e quais os eram, de meus rubores? Percebi que o meu medo de ser observado ou estudado me era motivo para esconder. Sabe porquê? Porque eu não queria que soubessem de meus defeitos. Não queria que as pessoas os fitassem ou os descobrissem em mim. Aliás, mesmo não sendo defeito isso ou aquilo que eu escondesse, não queria arriscar uma consideração alheia na qual alguém pudesse considerar-me imperfeito. Eu precisava manter a perfeição! E para que, se não adiantava?Aceitar-se, observar-se com ternura, não temer julgamentos, julgar menos, enxergar mais beleza nas coisas sem criticar tanto e com tanto negativismo, não querer ser perfeito pelo fato de saber que a perfeição está nos contrastes e, principalmente, ser humilde, foram atitudes percebidas por mim que muito me ajudaram a aproximar-me das pessoas e de mim mesmo. Alguém deve estar se perguntando: O que teria a ver ser humilde com a timidez? Eu digo: Tudo, ou melhor, nada. Ser humilde não é sair de onde se está e cumprimentar a todos. Não é ter muito dinheiro e ser solícito. Ser humilde é aceitar-se como se é, mudar-se quando se sente com esta necessidade, e assim, poder desfrutar de si mesmo aceitando nos outros suas características sem chamá-las de defeito.É o orgulho que nos faz temer que não nos vejam como somos, ou que nos critiquem, ou que nos estudem, que nos olhem. Os problemas existentes entre quem julga e quem é julgado são todos de quem julga. Já que, baseiam-se em si mesmos os que apontam nos outros, seus próprios defeitos. Quando tiramos uma foto, nossa timidez diz: Cuidado, você será observado e criticado por outros. Aí, essa voz passa a gritar antes do “clik” e você foge dos flashs, privando, muitas vezes, alguém que lhe goste muito de ter uma saudável lembrança sua, ou a você mesmo de se curtir em imagem. Repare que se a foto fosse tirada para que apenas você, e somente você, visse, não haveria problemas. E se houvesse, seria coisa de amor próprio, certo?Aceitar-se e amar-se são atitudes humildes e, portanto, não lhe induzem a privar-se de fotos, olhares, atenções e convivências. Além disso, abrem-lhe a consciência de que receber elogios faz bem e você só precisa dizer: “Obrigado!”
 Autor: Victor Chaves






Gosto, Não se discute


Taxamos nosso gosto
Desde crianças e, talvez na barriga de nossa mãe, aprendemos a expressar nossos gostos taxando as coisas e as pessoas.
Provo um sabor e, se não gosto, saio dizendo que é ruim. Não digo que não me agradou. Digo: Aquilo é horrível.
É como se você não conhecesse alguém que estivesse num dia péssimo e introspectivo e saísse dizendo a todos que aquela pessoa é indiferente e fria.
Como julgamos!
Se você não gostou de algo, saiba que outra pessoa pode estar gostando. Se alguém não gosta do céu, uma outra pessoa e, quem sabe você, adora. Porque então queremos que o mundo abrace nosso gosto?
Veja o quanto você pode usar mal suas palavras ao pré-julgar alguém e até impedir que pessoas se conheçam com seu resumo pessoal e negativo.
É fato que ao amigo, queremos bem e podemos lhe prevenir diante de alguém ou algo que conhecemos, mas quem disse que fazemos isso apenas diante daquilo ou daqueles que conhecemos?
A mesma coisa acontece ao contrário. Você gosta de algo e diz a todos que aquilo é excelente, sendo que mais cabidamente, poderia dizer: Eu gostei. Experimente você!.
É assim com filmes, alimentos, pessoas, profissões, sentimentos, etc.
Quantas vezes assistimos a um excelente filme e nos lembramos de alguém nos ter dito que era muito fraco?


-Generalizamos nosso gosto


Você gosta de frutas?
Você gosta de rock?
Você odeia frutas!
Você odeia rock!
Você pode gostar de maçã e não ter afinidade com o sabor do abacate. Então você gosta de algumas frutas.
Você pode gostar de uma banda de rock, vindo a gostar e não gostar de outras. Dê-se a chance de conhecer elementos novos independente do rótulo a que diz ter repulsa.


-Temos pouco conhecimento


Podemos mudar toda uma concepção de postura e pensamento diante daquilo que passamos a conhecer.
Lembro-me de odiar matemática na infância. Mas de também evitar seus raciocínios. Encontrei um professor carismático que passava seus conhecimentos de forma muito prática à classe. A matemática chegou ao meu conhecimento e passou a ser minha matéria predileta.
Quantas vezes passamos a conhecer uma pessoa a qual julgamos negativamente por muito tempo e lhe dizemos: Puxa! Como eu pensava diferente a respeito de você!.
Antes de dizer que detesta algo ou alguém, conheça, e somente depois conclua sua afinidade.
Nossas razões para gostar e desgostar das coisas são diferentes e infinitamente diversas. Por isso, podemos abrir um leque de coisas que nos podem proporcionar felicidade e prazer, apenas saindo do lugar e buscando um pouco mais de conhecimento.
Gosto não se discute, mas julgue menos e conheça mais!
Afinal, uma pessoa que passa a gostar de mais coisas, encontra prazer em mais coisas também e, por isso, passa a ser mais feliz!
Autor: Victor Chaves





Para Sermos Felizes
Já reparou que muito do que somos, ou quase tudo, somos porque aprendemos 
a ser?
Aprendemos a ser o que somos com o lugar que nascemos, nossos pais, com a 
televisão,jornais, revistas e com todo um contexto sócio-cultural. Mas não 
aprendemos que podemos ser o que quisermos ou que podemos criar nosso
próprio ser de uma forma que seja sónossa, sem referências rotuladas 
religiosas, sociais, culturais, familiares ou de qualquer outra ordem.
A gente aprendeu a não aceitar que alguém tente ser de seu próprio jeito,
porque achamos que todos precisam seguir a mesma fila sem direito algum
de expressar-se com mínima originalidade.
Quando aparece alguém querendo inovar, todos se revoltam dizendo:
"Quer ser diferente?";ou "Quer aparecer?"; e ainda..."Quem esse aí pensa
que é para não fazer como todos nós,ou andar como todos, ou não seguir
a nossa moda?" Forçamos os índios a serem como somos e por isso os
matamos aos poucos, assim como fazemos com nós mesmos quando nos 
forçamos a ser como os outros querem que sejamos, sem dar mínima
chance à vontade de nossa alma.
O fato é que num mundo pobre e pouquíssimo espiritualizado como o
nosso, infelizmente éproibido ser você mesmo. É proibido alguém vestir
vermelho, só porque outro alguém resolveu ditar que a moda agora 
é azul. É proibido não sentir-se triste com a morte de alguém próximo, 
só porque todosdizem que a morte é algo triste. Todos dizem que o 
primeiro amor a gente nunca esquece, mas quem disse que um segundo
amor será esquecido?
Aprendemos a achar linda a timidez, mas nem nos damos conta de que
ela é a maneira mais sutil e sofrida de disfarçarmos nosso orgulho e
nosso medo de que alguém possa nos apontar algum defeito.
Aprendemos a não acreditar em amor sem ciúmes, sem nos dar
conta de que ciúme é pura insegurança, não amor. Então, aprendemos
que seguir a alma e aceitar-se como se é pode ser perigoso,
simplesmente porque à nossa volta alguém pode resolver não gostar
disso.
Por que é que não aceitamos o outro como ele é ou deseja ser?
Por que é que não damos o direito a alguém de ser quem quiser,
como quiser e de descobrir-se? Sabe por que?Porque nós
mesmos não sabemos ser quem queremos. Não temos
essa coragem.somos frustrados. Seguimos rótulos pré-formatados.
Trabalhamos sem prazer. Trabalhamos por coisas, não por ideais.
Olhamos para todos, menos para nós mesmos, por termos medo
de encontrar em nós o defeito que apontamos nos outros. Não
conseguimos ser o que queremos por medo e por isso impedimos
os outros de o fazerem. Não obstante, os pais frustrados que não
foram atrás de seus sonhos impelem os filhos a o fazerem. Muitas
vezes, seguimos caminhos profissionais que nossos pais querem
que sigamos e aprendemos a fazer de nossos filhos os mesmos
fantoches que fomos.
Pior, chamamos isso de educar.
Seja você. Faça de você e de sua vida uma verdade ainda que
mínima, pois será mais válida que máximas mentiras. Siga seu
caminho sem olhar para os rastros dos outros, que podem ter
ido direto ao abismo.
Siga seu coração. Erre, mas aprenda. Aprenda, mas ensine.
Ensine, mas com exemplo.Viva intensamente o que seu
coração pede e dê esse direito aos outros. Deixe seu cão,
seus amigos,sua família ou qualquer um à sua volta serem, viverem e errarem,
pois eles têm o mesmo direito que porsinal você até tem, mas pode não estar se dando:
O direito de ser feliz!
Autor: Victor Chaves


SENTIMENTO PIRATA
Nesse tempo, em que se discute tanto sobre o tema “pirataria”, vemos alguns segmentos em que a diferença de preço já se faz muito pequena. CD e DVD, hoje, já podem ser encontrados a bons preços em sua forma original. Isso se deve a uma reação das gravadoras, diante da necessidade de concorrer com os piratas. Porém, pouco se nota uma melhora nas vendas.
Criamos sentimentos piratas dentro de nós mesmos e, sem sentir, agimos automaticamente, sem pensar. Dizemos que um artista vive de shows e que o preço do produto original é abusivo, antes mesmo de buscarmos informação própria e concreta, achando nisso, uma boa desculpa só para pagar menos por menos. Não nos preocupamos com o fato de que, somente através da distribuição, este produto chega até nós e a outras pessoas como foi realmente criado, em diferentes lugares. E para haver distribuição, é preciso que venda. Em outras palavras, se adquiro um produto pirata de um artista que gosto, sem saber, estou enfraquecendo o prestígio profissional deste artista e, quem sabe, minando a continuidade de sua carreira.
É comum dizermos: “Do artistas que gosto, só compro original”. Mas fica difícil entender, visto que, se não gostamos de algo, porque iríamos comprar? Para aquilo que não gosto, qualquer preço é alto.
Tomemos cuidado com a auto-pirataria de cada dia.
Nossa necessidade de grandeza está em não sabermos onde escondeu-se nosso amor próprio. Por isso, pirateamos a auto-estima comprando roupas de marca, carros potentes, adornos finos e até pessoas, achando que, assim, tornarmo-nos mais poderosos e superiores. Não há nada de errado em ter conforto e prazer e é sabido que, muita vez, é preciso pagar para isso. Porém, a razão de se obtê-los é que deve ser medida.
Podemos piratear o amor afetivo. Dizemos que amamos alguém, mas antes de amar-se, quem poderia, realmente, sentir amor pelo outro? Amar-se significa querer-se bem. Então, se me quero bem, desejo estar com quem faz-me bem. Há pessoas que se juntam a verdadeiros carrascos e inventam desculpas para sua posição passiva diante de alguém que simplesmente lhes faz mal. Mulheres com homens ciumentos e inseguros, por exemplo, dizem amá-los, mentindo para si mesmas dizendo que é o jeito deles, sendo que, um pouco de amor próprio poderia abrir-lhes os olhos para o que fazem: piratear o bem estar afetivo. Há homens que fogem de si mesmos, para não encarar sua insegura capacidade de buscar auto-afirmação em encontros extraconjugais. Outra forma de piratear o próprio sentimento.

Nossas verdades pirateadas, muitas vezes, saem da TV, de revistas e de uma sociedade, quase totalmente, baseada em valores pouco sutis. Mas com um pouco de esforço, podemos ser nós mesmos. Aí sim, seremos originais.
Ser original é seguir passos que ninguém deu, é fazer o que se sente e não o que lhe induzem, aprender com vivências próprias e não com noções distorcidas e preconcebidas do certo e errado, ser o primeiro a aplaudir diante de algo que o emocionou, sem medo do silêncio alheio.
Você é um ser pirateado, com idéias impostas por sua criação, meio social e temores, ou é alguém disposto a apostar numa idéia mais alta, real e amorosa de si, a fim de tornar-se mais original?
 Autor: Victor Chaves






Imagine
Imagine que seu corpo pare totalmente. Seus músculos não funcionam mais nem
para respirar nem para enxergar. Aí, todos ao seu redor pensam que você
morreu, mas por dentro, você tenta desesperadamente dizer a eles que está
vivo, mas não consegue.
Quando se dá conta, percebe que pegaram seu corpo, puseram em um caixão e
seguem ao seu lado para o cemitério em seu fúnebre enterro.
Nesta caminhada rumo ao cemitério, você ouve a voz dos seus pais, amigos e
amigas, conhecidos, familiares, etc.
Você esquece um pouco o desespero e fica lembrando de que todas as vezes em
que se desesperou na vida, foi em vão e inútil, sendo que teve a opção de
não se desesperar. Então , começa a refletir sobre os que estão ao seu lado.
Ouve a voz de seu pai e começa a pensar no quanto você poderia tê-lo
entendido mais, ou no quanto poderia tê-lo dado maiores chances de
entendê-lo e saber do quanto o ama. Pensa em sua mãe e vê que inúmeras foram
as chances de ter-lhe dito que a amava, em bom e alto tom, mas as perdeu
simplesmente. Você percebe que a vida, hora tão próspera e viril,
aparentemente infinita, durou pouco. Tão pouco, que não deu para ter dito
vários "obrigados", e agora, não dá para voltar lá onde você disse "não"
querendo dizer "sim", ou "sim", querendo dizer "não". A vida passou e você
agora está num caixão. Alguns entre os que você desprezou sem motivo,
choram. Outros, considerados, por imaturidade, como "amigos", contam piadas e se
riem. Você pensa: "Como pude reconhecer tão pouco minhas vitórias, até mesmo
em derrotas?"; "Como pude deixar passar minha vida diante de mim e crescer
tão pouco interiormente, sendo que a vida ofereceu-me todo o tempo do mundo
para isso?"; "Fui menos feliz que poderia e fiz menos gente feliz que
poderia e agora não posso voltar atrás", "Eu tinha o corpo sadio, lindos
olhos, força e energia para atingir qualquer objetivo, era atleta com
"todas as letras", mas ainda assim, cego, não sabia enxergar o óbvio em
minha volta, e sentia-me infeliz e sem brilho, mesmo com tantos paralíticos,
doentes, esquecidos e solitários à minha volta e em toda parte".
Quando se dá conta, chega ao cemitério e então, ao som de muitos choros,
sente que seu caixão é posto em uma escura tumba. Sua esperança, já pequena,
se esvai e você se entrega sem nada poder fazer. Passam-se horas e você
continua ali, sem forças até para chorar. Aliás, chorar é tudo o que você
gostaria de poder fazer agora, pois quando podia, em vida, teve vergonha e
muitas vezes escondeu. Escondeu até o riso. Escondeu até o aplauso. Você percebe que quando não resta mais nada a fazer, o impossível se iguala ao possível e aí, passa a ser tão possível quanto
qualquer normalidade. Então você repensa: "Quando estava vivo, dizia que
acreditava em Deus, mas na hora em que mais precisava dele, o esquecia e
sentia-me só. Hoje, vou fazer diferente, só o que me resta é crer nesta
força, nesta possibilidade. Não tenho nada a perder. Crer em Deus é crer no
impossível como possível. ".
Então, inexplicavelmente, você sente uma força surgindo em seu corpo e
consegue quebrar o caixão. Você sai dele e da tumba e vai ao encontro de
seus pais e amigos. Só que , desta vez, disposto a viver de verdade. Porque
agora, você passa a saber que todos morrem, mas muitos morrem sem ter
vivido.
Você é feliz? Basta enxergar. Porque felicidade, beleza e vitória
não estão em um lugar determinado e sim, onde você enxerga. É preciso aprender a enxergá-los apenas!
Hoje e agora, seja e esteja feliz, faça e arrisque. Não é preciso que fiquemos lá em nosso caixão pedindo para voltar aqui para fazermos melhor, pois é aqui e agora que você pode fazer algo e, definitivamente, viver!
Autor:Victor Chaves



Liberdade


Em primeiro momento, parece tratar-se da capacidade de se fazer qualquer coisa. Porém, prefiro chamar esta capacidade de livre-arbítrio.
Liberdade, penso eu, é uma condição de momento. Você possui ou não.
Livre-arbítrio, a gente nasce e morre com ele. Liberdade, não.
Escravos nasciam com livre-arbítrio, mas sem liberdade. Podiam ou não fugir de seus donos, correndo o risco de serem resgatados e torturados até a morte. Mas, ainda que não fossem pegos, liberdade não teriam. Livre-arbítrio, sim.
Este dicotômico paralelo entre o “devo” ou “não devo fazer” é que se chama livre-arbítrio. Liberdade envolve dois outros pólos: Posso ou não posso. Por outro ângulo, a palavra liberdade, tão mal compreendida por nosso tempo, aliada a uma outra palavra que é “responsabilidade”, igualmente escassa em sentidos, teria sua expressão bem mais contundente e eficaz.
Para você, que possui liberdade, responsabilidade é o remédio e a prevenção. Se estou dirigindo em uma estrada na qual sinto não haver limitadores de velocidade, sinto-me em liberdade para pisar fundo. Somente a responsabilidade me freia.
E é aí que entra o livre-arbítrio. Se agora está ganhando mais dinheiro, liberdade de compra já possui.
A forma responsável ou não com que fará uso deste dinheiro, dependerá de seu livre-arbítrio. Para outro ângulo e, por sua vez, a palavra “responsabilidade” ganha maior sentido se estiver ligada, conscientemente, à palavra "consequência".
Ou seja, tudo o que se faz, gera uma reação de mesmo teor. E melhor ainda dizendo, o que se planta, se colhe.Podemos nos sentir livres quando não observados, mas é nesta hora, quando ninguém te vê, é que a responsabilidade dá sentido à liberdade.

Seu livre-arbítrio está exatamente entre a liberdade e o que fazer com ela.Quando a liberdade de se escolher entre dois caminhos, um negativo e outro positivo, lhe chega às mãos, você terá, por livre-arbítrio, o direito de escolher o negativo.
Porém, se sua consciência lhe pesa, é sinal de que sua escolha foi abrir mão de sentir-se livre para acorrentar-se à culpa.

Digo então: Liberdade é a capacidade de se saber o que fazer com o livre-arbítrio.
 Autor: Victor Chaves





Nossa Vida


Desde as primeiras noções públicas relacionadas à música em minha vida, senti a diferença entre meu trabalho e minha casa.
Minha casa é onde pratico minha pessoa diante de uma imagem não criada e sim, vivida com amigos e familiares ao longo da convivência e do conhecimento próximo. Meu trabalho é onde pratico meu sentimento de subserviência, dignidade e sentido existencial, em que a sobrevivência se faz além dos ganhos materiais.
Os ganhos materiais são importantes, mas não tenho dúvida de que sem a realização interior através do quanto se pode servir às pessoas, amadurecendo os dons e qualificando-se existencialmente, não seria possível sobreviver.
Penso eu: Após conseguir um meio de sobrevivência, onde estará a razão de minha existência?
E a resposta aparece no quanto posso contribuir para a melhoria deste mundo, enquanto estou vivo. A resposta está no quanto posso melhorar-me como espírito e ser humano, para que assim, minha contribuição ao mundo possa ser próspera.
Fico pensando no quanto as pessoas andam indiferentes e alheias ao sentimento de auto-aprimoramento nos dias de hoje. Prendem-se a notícias cheias de sensacionalismo e horror. Buscam fatos vazios e de inutilidade explícita. Com isto, perdem o precioso tempo de suas vidas que jamais será reposto. Enquanto riem-se gabando-se e regozijando-se por serem jovens, não sabem que são infelizes e que a velhice ou a morte abrupta os espera em algum canto. Não sabem que viver é por si só um dom, além de uma grande responsabilidade. Vida é trabalho e trabalho é o exercício de lapidar-se. Todas as festas, bebidas, aventuras e piadas do mundo não poderão compensar a falta de coragem para adquirir e usar mínimas sabedorias disponíveis, as quais poderiam ter gerado felicidade duradoura e real. O divertimento é importante, mas antes dele, a sabedoria lhe oferece o equilíbrio.
Dias destes, fiz um comentário num show. Disse que as pessoas estão oferecendo seu dinheiro, seu tempo e seu espaço, em troca de notícia e entretenimento inútil.
Tentam saber quem está casando-se com quem, quem engravidou, quem comprou ou vendeu, vivendo a vida alheia como sendo a sua. Hora, quem vive a vida dos outros, esquece-se da própria e aí, morrer sem ter vivido será apenas uma triste conseqüência.
Há pessoas ainda que buscam justificativas dizendo que quem é público não pode ter privacidade. Será?
Não estamos falando apenas de pessoas públicas. Estamos falando de uma sociedade e até de um modelo de família, em que as pessoas vasculham-se o tempo inteiro.
Entrego-me de alma e coração ao que faço e o que faço, faço por mim e pelas pessoas. Tento dar sentido à minha vida realizando-me através do sentido que dou ao que faço e digo: Quando assistimos um filme sem conteúdo, lemos inutilidades sobre a “última celebridade”e investigamos o carro novo do vizinho, estamos perdendo a oportunidade de, no lugar disso, fazer uma boa pergunta, ouvir uma boa resposta, adquirir conhecimento, aprender algo novo ou de ao menos viver esta fagulha valiosa de nossa própria vida.
Temos medo de nós mesmos e fugimos para as casas, os carros, e a vida dos outros.
Comecei a namorar alguém e vi gente da imprensa correndo atrás do fato, assim como acontece com outros artistas, no colégio e entre as famílias.
Se estou namorando alguém e as pessoas compram revistas ou jornais para saber sobre isto, somente quem comprou gastou tempo e dinheiro inutilmente. Nada muda em minha vida, e na de quem comprou ou comentou, o tempo e o dinheiro perdido não poderão ser repostos e ainda renderam lucro para uma imprensa vazia, que vive às custas de quem pa
ga pelo inútil . Em que isto poderia acrescentar ou mudar de alguma forma real a vida de alguém?
É por amor a mim e às pessoas que digo: Busquemos aprimoramento, educação, espiritualidade e sejamos felizes da única maneira possível: Vivendo nossas próprias vidas, não as dos outros.
Nossa sociedade, especialista em julgamentos, possui grandes potências em emitir opiniões, adornar conceitos e criar rótulos vendáveis. Você será mais um a dizer que sua opinião é sua, usando a opinião dos outros? Você será mais um entre milhões a correr nas bancas para absorver a última nobre fofoca? Você será mais um?
Nossas escolhas estão em nossas mãos, não nas dos outros.
Podemos errar, mas na tentativa de mais acertos, sugiro que façamos duas perguntas diante das coisas e de nossas escolhas:
1-Qual a utilidade disto?
2-Há amor nisto?
Se diante de algo, não sentimos que podemos gerar melhoras, nos tornar melhores ou mais amorosos, podemos simplesmente estar perdendo vida.
A escolha é de cada um.
 Autor: Victor Chaves





Fique Alerta!


A desistência não moverá montanhas! A não ser que esteja em alerta, não poderá ouvir a intuição da melhor escolha. É importante tomar decisões, mas no momento oportuno. Assim, irá fundo em águas rasas e verá até mesmo o que a luz não lhe mostra. Deixe de sonhar ilusões e comece a realizar os sonhos. Aprofunde o conhecimento de si mesmo antes da seca e verá que as vacas engordarão antes que imagina. Seja forte e não se abandone em tempo algum. Tudo será como quiser se agir de acordo com você mesmo. Fique firme em você e não arrede o pé de onde quer chegar. Vai em Deus e com Deus!
Autor: Victor Chaves



 Sinto Cheiro da Luz!!



Sinta o cheiro da luz e a claridade das flores, sinta o calor da chuva, tome um banho de sol, alimente-se de ar e respire o alimento, beije as pessoas com palavras, ouça o silêncio, beba um sorriso e ofereça o seu, não perca uma gota, forme canções com gestos, escreva com os pés, não busque explicação para tudo, justifique sua existênciam, não peça nada, mereça tudo, esteja, não seja, morra de amor, viva, antes de morrer.

Autor: Victor Chaves



Câmeras e Olhares



O menininho faria uma apresentação festiva na escola. Os pais, orgulhosos, foram e levaram câmeras para filmar e fotografar. Enquanto se dava a apresentação, os pais olhavam para o visor de suas câmeras. O menininho olhava para as lentes. E eles não se olharam. 
Autor: Victor Chaves




Melhoras para Enxaqueca


Beijo carinhoso e amoroso, abraço apertado e confortável, sono leve e profundo, um show só para você, flores, brisa fresca no rosto, paciência, uma tarde bonita, feriado, praia sem agito, ver e ouvir o céu, pouca filosofia, oração curta e de fé, ficar só, mas com alguém…amém. 
Autor: Victor Chaves




Mentiras 


Como podem mentir sem mesuras
Disseminar conjecturas
 Escanear meias figuras
Tornando em fatos mentiras puras?
Como podem alarmar em silêncio
E furtivamente matar o bom-senso
Sem perguntar-me se quer o que penso
E me vendo chorar nem me cedem um lenço?
Eu não vou abrir mão de dizer
Quem me suga haverá de saber
Na seiva do bem o mal há de gemer
E carrapato não sabe correr
Autor: Victor Chaves


Violência


A violência é fruto que se colhe onde não se planta educação, que muito embora seja direito de todos, ainda se cumpra para poucos.
 Autor: Victor Chaves




Tentar


Tento fazer do pouco aparente, realidade suficiente
Para sobreviver à necessidade do obsoleto
Tento não ser tão crítico

Para não esquecer-me de quem sou quando o criticado for eu
Tento imaginar-me melhor e mais puro a partir de agora
Para que neste próximo segundo, meu agora seja mais feliz e mais sóbrio
Tento respeitar a ordem das coisas e dos outros

Para não ficar tentando entender o que não é de minha ordem


Tento não convencer o mundo a ceder às minhas verdades
O mundo muda, eu mudo e minhas verdades mudarão


Tento viver sem preocupar-me com a morte
Uma parte de mim nasce e outra morre a cada segundo, e isso é viver


Agir com amor é a tentativa mais capaz e jamais se restringe ao “quase”
Porque a intenção amorosa é uma vitória e, neste caso, tentar é conseguir
Autor: Victor Chaves 



Erga-se


Os críticos falam, falam e apenas falam à beira do caminho
Os criticados seguem firmes


Os dígnos vencem, ainda que sem troféus
Os perdedores compram vitórias
Os de bom coração não atendem às baixezas dos infelizes
Porque estão olhando para onde seguem: para cima
Autor: Victor Chaves




Inspire-se


Sinta o cheiro da luz
E a claridade das flores


Sinta o calor da chuva
Tome um banho de sol


Alimente-se de ar e respire o alimento
Beije as pessoas com palavras


Ouça o silêncio

Beba um sorriso e ofereça o seu


Não perca uma gota
Forme canções com gestos

Escreva com os pés
Não busque explicação para tudo

Justifique sua existência
Não peça nada, mereça tudo

Esteja, não seja
Morra de amor
Viva, antes de morrer
Autor: Victor Chaves


"O espelho 
(Victor Chaves)

 A internet abriu uma possibilidade ágil e gratuita para qualquer um expressar, publicamente sua opinião, sobre qualquer coisa. A questão é que, o ato de opinar sucede o conhecimento. Opinar sem conhecer é uma coisa só: julgamento. E, quando julgamos, emitimos pensamento e palavras inúteis, conjecturas ao vento. Pensamos "Qual o problema? Ninguém vai me ver aqui, do outro lado do teclado." Toda esta distorção de pensamento, culturalmente covarde, faz de nós, especialistas em "opinar". É como se, sem alguma fome, comêssemos um prato cheio, apenas porque estava ali, na nossa frente. Para não nos sentirmos sós em nossa insatisfação, ao invés de buscarmos a felicidade, preferimos tornar os outros tristes também. Famintos por emitir nossos julgamentos, tornamo-nos medíocres e egoístas, diluindo nossa vagueza, feito veneno. Não temos mais paciência para ler um texto inteiro. Mal lemos o cabeçalho e já corremos para o campo de comentários. Como somos rasos na vontade de aprofundar! Somos capazes de apontar o dedo ao tombo do outro, minutos após nós mesmos termos caído, desprezando o respeito para com os degraus evolutivos de cada um. Cobramos humildade, quando o próprio ato de cobrá-la representa seu contrário. Tão facilmente nos colocamos em nosso pedestal da perfeição que, criticando os erros e defeitos alheios, permanecemos cegos diante daquilo nos mostraria o quanto somos todos iguais: o espelho" 

(Via @vcoficial)




O garoto pintava o desenho Cheio de esmero e empenho A tia quis ajudar O garoto não soube negar A tia pintou tudo errado Verde no céu, azul no gramado O garoto chorou escondido Rasgou seu desenho perdido Aprendeu muito cedo assim: Aquilo que eu quero pra mim Pode não ser o que o outro deseja Ou seja: Fazer aos outros o que gostaria que fizessem a você, muitas vezes é um grande erro. Porém, NÃO fazer aos outros o que NÃO gostaria que fizessem a você, é acertar sempre.

 Victor Chaves


O vôo 
(Victor Chaves)

 Permanece o espírito do vôo Naquele que, mantendo os pés no chão Acredita no sonho, de coração Abre as asas da coragem E inspira os que estão no caminho E, mesmo que se sinta, não estará sozinho Na volúpia do arfar vigoroso Nada o impedirá de subir Para o mérito do pouso, no porvir



O tempo
 (Victor Chaves) 
Tudo terá passado tão depressa Que toda a pressa Em vão, terá sido Pedir-lo-emos de volta O tempo, que nunca se solta Do presente, tão esquecido Mas como não torna à semente, o broto Nem o adulto a garoto Tampouco, quem morre, a nascido O tempo nos dá outra chance E outra, e mais outra, ao alcance Até que se faça entendido Se não podemos mudar o que fomos O segredo de mudar o que somos Sempre esteve no agora, escondido


Inocência é quando se descansa nas mãos do perigo. Perigo é quando a ética não serve de base. Ética é quando você opta por não fazer o que não gostaria que lhe fizessem. Optar é "não ter que..." "Não ter que..." é a base da ética, onde a inocência pode descansar em paz. Paz é opção! 


Victor Chaves



Vaga-lumes e estrelas

 (Victor Chaves)

Estrelas, aqueles pontos cadentes inalcançáveis que estão sempre lá, onde não se sabe onde é, mesmo quando não os vemos em tempos nublados. As estrelas não vem até nós e, se viessem, não seriam estrelas. Assim como a gente não pode se ver por inteiro próximo demais a um espelho, estrelas são feitas para serem vistas de longe. Somos estrelas em momentos que nos observamos a uma distância que só o tempo permite. Porque tudo o que vemos de nós mesmos é luz que viaja e já não existe mais. Mas o que se forma em nosso ser, só será estrela quando explodir. E o que explode, perde a existência. A imaginação e os sonhos são as estrelas em formação mais latentes de nosso céu encantado. Quando se realizam, podem ser vistos de longe, brilhando em um passado que permanecerá no firmamento longínquo de tudo o que nos trouxe a onde pensamos estar ou ser. Vaga-lumes. Eles vem até nós. Brilham em nosso redor e, de repente, se vão, como quem, sem muita satisfação a dar, nos satisfaz a carência do especial com sua rápida e passageira presença. Eles sim, são como o que somos no presente. Hora brilhantes, hora apagados. São mortais e dependentes de um artifício qualquer, quase mágico, para se parecerem com as estrelas. Vaga-lumes e estrelas possuem certas distintas diferenças, muito embora se misturem na escuridão de nossa limitada visão das coisas. Os primeiros são vivos, passíveis da morte e logo sucumbem. As estrelas já morreram e permanecem lá, onde ninguém sabe onde, brilhando perenes. Perguntei a um vaga-lume o que o faz sentir-se vivo e brilhante. Ele disse: o sonho de me tornar uma estrela.



A melhor meta é a METAmorfose. Quem não quer evoluir, não muda. Quem não muda, permanece lagarta. VC


O que nos emociona Tão longe das tendências Sempre funciona Do nosso jeito, sigamos nossas referências


O destino apenas desenha. A gente é que escolhe as cores. VC


Se não enxergar a beleza bem abaixo do nariz, verifique acima dele. Perceberá que coisas comuns, além de lindas, dispensam filtros. VC






Postagens populares